O bê-á-bá do investimento em ações.

O bê-á-bá do investimento em ações.

Está é a primeira parte de um texto educativo sobre investimento em ações. Ele é fruto de uma parceira entre o Efetividade e os blogs Finanças** Forever](http://financasforever.blogspot.com/) e [Valores Reais**, onde você lerá a parte 02, clicando aqui, e a parte 03, clicando aqui.

Quando falamos em investimentos podemos dividi-los em dois tipos: os de renda fixa e os de renda variável. E hoje, iremos conversar sobre o bê-á-bá do investimento em ações, que é um tipo de renda variável.

O que é uma ação?

É uma fração mínima de uma empresa, de uma Sociedade Anônima, ou seja, uma empresa S/A.

Uma empresa Ltda. é uma empresa formada por duas ou mais pessoas que se conhecem. Cada um dos sócios é dono de uma porcentagem específica da empresa. O contrato social rege a participação de cada um dos proprietários dentro dela. Também cada sócio responde proporcionalmente a sua participação.

Numa S/A os donos da empresa não são conhecidos, podem existir milhares e até milhões de donos. Os donos da empresa são os proprietários das ações da empresa, e uma ação nada mais é que uma pequenina parte da empresa.

As pequenas partes de uma empresa S/A – as ações – são negociadas em bolsas de valores. No Brasil a principal bolsa de valores é a Bolsa de Valores de São Paulo – BM&FBOVESPA. Toda empresa S/A tem suas ações negociadas na Bovespa.

Ações ON e PN

As ações se dividem basicamente em dois tipos: as ON, que dão direito a voto nas assembleis que definem os rumos da empresa, e as PN que não dão direito a voto, mas em compensação seus donos tem preferência no recebimento dos lucros (dividendos) ou num possível recebimento do capital em caso de liquidação (venda) da organização.

Como compro uma ação?

Para comprar ações de uma empresa S/A você precisa de um intermediário, uma corretora de valores. Existem dezenas de corretoras, elas devem ser autorizadas a operar pelo Banco Central e pela CVM – Comissão de Valores Mobiliários.

A corretora é quem intermedia o negócio entre você e a Bovespa.

Sempre que você tem ações, sendo dono de uma fração de uma empresa S/A, este registro consta na CBLC – Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia – e, para isto, você paga um custo de R$ 6,90 por mês. É a chamada taxa de custódia. Este custo independe da quantidade de ações que você possua, pode ser apenas uma de uma única empresa, quanto milhares de dezenas de empresas.

Algumas corretoras absorvem a custódia cobrada pela CBLC.

Uma corretora ganha dinheiro executando as ordens de compra e venda de ações de seus clientes. Ela cobra a cada realização de compra ou venda executada. É assim que uma corretora sobrevive. Os preços são os mais variados possíveis e os serviços agregados de igual forma.

O que é necessário para eu abrir uma conta numa corretora?

É tudo muito simples, algo semelhante à abertura de uma conta corrente em um banco. O legal é que para abrir uma conta você não paga nada. Nas corretoras não existem taxas de manutenção de conta igual aos bancos. Você só paga quando compra ou vende ações.

Você precisa enviar à corretora que deseja abrir a conta, fotocópia simples dos seguintes documentos: RG, CPF e comprovante de endereço e renda. Também deve preencher uma ficha cadastral fornecida pela própria corretora.

A ficha fica disponível no site da corretora, basta preencher, imprimir ou scannear, e enviar tudo por correio ou e-mail. Em poucos dias sua conta estará aberta e você receberá sua senha de acesso ao sistema home broker. O home broker, para os íntimos HB, é o software onde os clientes enviam ordem de compra e venda de ações. Cada corretora possui o seu HB exclusivo, mas operara-lo é fácil e didático, em alguns minutos qualquer pessoa é capaz de entendê-lo e usá-lo.

Para você efetivamente começar a operar você precisa transferir dinheiro de sua conta corrente para a conta corrente da corretora. Seu banco sendo o mesmo da corretora, em geral, basta realizar a transferência entre contas correntes. Caso você tenha conta em um banco diferente do qual a corretora é cliente se faz necessário realizar um DOC/TED.

Escolhendo uma corretora

O meu amigo EvertonRic dá continuidade ao assunto em texto publicado em seu blog, o Finanças Forever. Clique aqui para acessá-lo. Depois não esqueça de ler a terceira parte da saga no blog do meu amigo Guilherme, o Valores Reais.

Abraço e bons investimentos.

Abraço aos amigos Everton e Guilherme.