Afinal, o que é riqueza?

Afinal, o que é riqueza?

Quem julga pelas aparências ou tem menores conhecimentos sobre finanças costuma definir se alguém se enquadra no mais comum conceito de riqueza com base nos imóveis, veículos ou outros bens materiais que essa pessoa possui.

Já os que têm uma noção a mais de finanças, julgam a riqueza de uma pessoa ou empresa pelos ativos financeiros, ou pela quantidade de patrimônio líquido.

Nenhuma dessas pessoas está errada. Porém, há outras possibilidades de riqueza que não costumam ser consideradas. Neste artigo, vamos te ajudar a pensar mais amplamente sobre o conceito de riqueza. Confira!

O conceito de riqueza é definido pelos nossos valores

Riqueza é sinônimo de abundância. Consequentemente, qualquer coisa em excesso pode ser considerada  fonte de riqueza. Uma pessoa com muitos bens é rica. Uma pessoa com muitos problemas também é rica, de problemas!

Porém, no dia a dia, não vemos muitas pessoas usando o adjetivo “rico” ou “rica” para definir quem tem abundância de qualquer coisa. Os parâmetros que usamos para construir nosso conceito de riqueza estão associados com nossos valores.

Como dissemos, para a pessoa que entende que ter imóveis ou carros é indicativo de sucesso, alguém rico é alguém que tem muitos imóveis e carros. É um tipo de pensamento comum aos que valorizam resultados tangíveis, prazeres imediatos e êxitos de curto prazo.

Em economia e finanças, o conceito de riqueza está associado à liquidez (capacidade de conversão do bem em dinheiro) e à capacidade de gerar renda passiva (ou seja, fazer o dinheiro trabalhar por você, multiplicando patrimônio. É um tipo de pensamento comum aos que valorizam potencial e êxitos de longo prazo.

Nenhum desses dois tipos de raciocínio está errado. Contudo, o que poucos param para pensar é que eles também podem ser aplicados a bens não materiais.

Conceitos não materiais também são fontes de riqueza e bem-estar

Não há nada de errado em gostar de prazeres imediatos (conforto, bens materiais); nem em sacrificá-los um pouco, em prol de resultados melhores no futuro (poupar para fazer investimentos de longo prazo, por exemplo).

No entanto, assim como as fontes de riqueza associadas à formação de patrimônio material são aliadas na construção de uma vida feliz e saudável, outras também são, como, por exemplo:

  • Conhecimento, seja ele adquirido por meio do estudo (conhecimento acadêmico) ou da experiência e observação (conhecimento empírico), porque abre portas; ajuda a criar, identificar e aproveitar oportunidades; e proporciona ferramentas para melhorar nossa vida e a dos outros;

  • Tempo, um dos maiores luxos da atualidade. Se todos os esforços que fazemos em busca da riqueza financeira são para adquirir bens ou experiências que nos trazem prazer, eles nada valem se não tivermos tempo para usufruir disso;

  • Saúde física e mental, pois, assim como o tempo, é ela que nos permite desfrutar das coisas que nos dão prazer e/ou ir em busca das que ainda não temos.

Conceitos não materiais podem até mesmo potencializar a riqueza material

Pense nos itens que citamos anteriormente. São, por si sós, fontes de riqueza e trazem felicidade. Uma outra faceta interessante deles é que, se bem aproveitados, podem até mesmo influenciar uns aos outros.

Por exemplo:

  • Ter tempo permite investir em mais saúde, fazendo exercícios físicos;

  • Ter saúde permite investir em mais conhecimento, por meio de leituras e cursos e por ai vai.

E os bens materiais? Até eles podem ser beneficiados com tudo isso. Veja algumas formas:

  • Um ser humano com saúde e boa expectativa de vida é como um maquinário em boas condições, capaz de produzir bastante e aumentar receitas; 

  • O conhecimento é um dos ativos financeiros mais valiosos que uma pessoa ou organização pode ter, porque ele tem potencial multiplicador e criador, podendo ser aplicado em técnicas, produtos, relacionamentos, recursos humanos e financeiros, estratégias e processos, que trarão retorno financeiro;

  • O tempo, obviamente, permite ao indivíduo reinvestir nos itens acima, ou ter disponibilidade para dedicar-se a novas fontes de renda.

Portanto, repense seu conceito de riqueza e avalie mais amplamente os bens que você possui.

O que você pode fazer para construir riqueza, de acordo com aquilo que realmente é valioso para você? Deixe seu comentário abaixo e compartilhe suas opiniões!