Alice no País das Maravilhas

Alice no País das Maravilhas

Ontem fui ao cinema assistir o filme Alice no País das Maravilhas. Adorei, me surpreendeu.

Primeiro porque o famoso cineasta Tim Burton não ficou preso a história clássica de Lewis Carroll, autor do livro, e segundo porque os atores tiveram excelente atuação.

Cheguei a pensar que o Chapeleiro Maluco interpretado por Johnny Depp roubaria a cena e se destacaria mais que Alice, Mia Wasikowska, fato que não ocorreu. A atriz, que eu não me lembro de outro papel, foi muito bem, conseguiu dar o necessário ar apático a personagem no começo do filme e cresceu com o desenrolar dele. A única nota baixa, em minha opinião, fica para a atuação da Rainha Branca, Anne Hathaway, que ficou um pouco aquém do restante do elenco.

Os efeitos especiais e os personagens computadorizados são outro show.

Agora falo de algumas lições apreendidas com o filme.

Tim Burton, na fala da Rainha Vermelha, diz que é preferível ser temida a amada. Ideia concebida por Maquiavel no famoso livro, O Príncipe.

Alice deixa bem claro que não seguirá seu suposto destino, afirma com firmeza que ela controla sua vida e toma suas decisões. Ela assume as responsabilidades de seus atos.

Outro ponto que destaco é a tentativa de Alice em buscar alternativas, de procurar ver além do senso comum, procurando soluções alternativas para os problemas. Usa como estratégia a negociação. Recusa-se a matar, mas não se omite quando percebe não haver alternativa.

Uma das frases clássicas e filosóficas do livro, que o filme não apresenta, e minha preferida, é quando Alice, caminhando no País da Maravilhas, se encontra numa bifurcação e pergunta para o Gato Sorridente para que lado ela deve seguir. O gato devolve a pergunta: Para onde a Srta. deseja ir? Alice diz que não sabe, e aí vem a resposta que me fascina: Para quem não sabe aonde quer chegar qualquer caminho serve.

Gente, resumindo, o filme é ótimo, a direção é fantástica e os pontos filosóficos se bem observados trazem grande proveito para a vida pessoal e profissional. Uma pena eu não ter ido ao cinema de papel e caneta na mão. Durante o filme, mais pontos interessantes me chamaram a atenção, pensei que fosse lembrar, mas já me fugiram da memória.

Assista ao filme.