Planejando a compra da casa própria

Planejando a compra da casa própria

A compra da casa própria foi realidade para muitos brasileiros em 2009. A Caixa Econômica Federal bateu recorde de financiamentos, foram mais de 750 mil imóveis e valores totais que chegaram a 40 bilhões de reais.

Tudo indica que 2010 será um ano ainda melhor.

A compra de um imóvel é uma decisão difícil, às vezes demora-se meses para tomar a decisão. Quero deixar aqui alguns pontos importantes que devem ser analisados ao financiar um imóvel. Não sou nenhum especialista no assunto, são apenas algumas opiniões pessoais formuladas após diversos diálogos com corretores e pessoas mais experientes no assunto, assim como a minha própria experiência (e da minha esposa) em financiar um apartamento.

Imóvel não é investimento

Não vejo a compra de um imóvel como investimento. Para mim investimento é o que é comprado buscando-se retorno no mínimo acima dos juros de poupança. Se você planeja a compra um imóvel para alugá-lo ou para vendê-lo no futuro com algum lucro, aí sim ele pode ser considerado um investimento, agora a compra do imóvel como moradia, em minha opinião, não pode ser classificado como investimento.

Valor a financiar

O ideal é a parcela não passar de 25% da renda líquida do casal. Outro ponto importante é o prazo, óbvio que quanto menos melhor, mas penso que 30 anos é muito tempo, no máximo 10 seria o ideal e até 20 o mais aceitável.

Taxa de juros

As taxas estão entre 8 e 10% ao ano. Não aceite taxas maiores que isso.

O planejamento

Planejamento é a palavra chave. Além do valor da parcela do financiamento se tem um custo de aproximadamente 5% do valor do imóvel para registro da documentação, fique atento a estes valores. Se o imóvel for novo há diversos outros gastos: são chuveiros, torneiras, lâmpadas e acabamentos finais, os valores podem chegar a 10% do valor do imóvel. É bom se planejar.

A escolha do local

Além é claro da qualidade do imóvel em si, alguns fatores devem pesar, e muito, na sua escolha: proximidade de pontos de ônibus, supermercados e padarias; distância do local de trabalho e da escola das crianças; clube, bares e outros locais barulhentos nas proximidades; índice de criminalidade do bairro; valorização do local, possibilidade de enchentes em dias de chuvas torrenciais, a vizinhança, etc.

Não haja por impulso

Pense no médio e longo prazo. Seu horizonte deve ser algo em torno de 10 anos. Ao analisar a proximidade do seu local de trabalho você deve avaliar o tempo provável que irá trabalhar naquele local. Ao escolher os benefícios (piscina, sauna, área de lazer, churrasqueira) veja se você fará uso deles ou apenas irá pagar por algo que usufruirá muito pouco. Dois, três, quatro quartos, tudo deve ser bem pensado.

Para concluir só quero dizer que toda compra deve ser feita de forma racional e não emocional. A compra de um imóvel, que levará anos a ser quitado, deve ser ainda mais racionalmente planejada, pense e repense quantas vezes forem necessárias.