Política econômica do governo Dilma

Política econômica do governo Dilma

Quando pensamos na política econômica brasileira existem duas grandes correntes. Uma distinta da outra. Uns defendem um Estado mínimo, sendo conhecidos como monetaristas e outros defendem um Estado mais amplo, os chamados desenvolvimentistas.

O primeiro grande erro é achar que devemos defender uma ou outra visão econômica. Não precisamos ser oito nem oitenta. Em geral, cientistas econômicos são vistos como mais próximos de uma ou outra linha política, ninguém é totalmente monetarista ou desenvolvimentista.

O quem pensam os monetaristas?

Defendem que o governo tem como principal função estabilizar a moeda, controlar a inflação e assim garantir o livre e justo conflito de interesses. Que com estas garantias o setor privado se desenvolve e gera o crescimento natural do país.

O que defende os desenvolvimentistas?

Uma forte presença do Estado no desenvolvimento econômico. Acreditam que o governo deve lançar mão de políticas administrativas para controlar a economia. Deve incentivar o desenvolvimento industrial e tecnológico patrocinando este crescimento através, por exemplo, do BNDES.

O governo Lula

O ministro Guido Mantega é defensor de uma política mais desenvolvimentista, já o Henrique Meirelles, presidente do Banco Central é mais monetarista. Eu particularmente gosto desse conflito de visões entre duas funções chave do governo. Defendo que do conflito dos opostos surgem políticas equilibradas. Na minha visão, o melhor para o Brasil.

O governo Dilma

Em 2011 Guido Mantega se mantém na Fazenda, Henrique Meirelles deixa o BC e assume Alexandre Tombini. Ele foi diretor do BC e pelo que busquei conhecer tende mais para o lado desenvolvimentista. Eu preferiria o conflito como falei acima, mas teremos que esperar o passar dos meses para ver como se dará a política econômica no governo Dilma.

Na verdade…

Vejo a necessidade da ministra do planejamento, Miriam Belchior, juntamente com o ministro da fazenda e o presidente do BC, que não é ministro, mas numa cartada do Henrique Meirelles no governo Lula ganhou status de ministro, caminharem com um único plano econômico. Os três devem trabalhar com o mesmo objetivo, senão um irá boicotar o outro.

Defendo que tracem um plano único de política econômica, do choque de interesses e ideias divergentes deve nascer esse plano, e depois de definido que seja seguido. É claro que de tempos em tempos devem sentar e rever o plano e fazer os ajustes necessários, mas defendo uma única política e não a briga de interesses e poder que muitas vezes acontecem entre os diversos setores e cargos dos governos.