Sou capitalista.

Sou capitalista.

A educação contínua e sistemática é a única maneira de se obter vantagem competividade sustentável.

Minha frase acima eu explicarei e defenderei ao longo deste texto.

Defendo o capitalismo. Um capitalismo cooperativo, não exploratório, justo. Um capitalismo não especulativo, mas com liberdade para se especular desde que o especulador assuma tanto o bônus como o ônus.

O que vemos é que grandes corporações capitalistas só querem o bônus; quando há ônus querem ajuda governamental, seja através de redução de impostos ou como temos vistos bancos e governos europeus com o default da divida. É muito fácil ser capitalista no lucro, especular em negócios de alto risco e quando ele não dá certo pedir socorro. Capitalismo deve ser capitalismo de ambos os lados. O empreendedor deve colocar no bolso cada centavo do que lucra, mas de igual maneira deve arcar com as consequências de investimentos mal realizados.

Empresas S/A operam num sistema capitalista de crescimento e enriquecimento cooperativo. Quanto opto por me tornar sócio de uma ou mais destas empresas estou ciente, ou pelo menos deveria estar, que estarei lucrando com seu crescimento e verei meu patrimônio (ações) perder valor em caso de operações mal sucedidas.

Agora muitas vezes empresas limitadas (Ltda.) exploram seus trabalhadores, trabalham num sistema altamente marxista gerando cada vez mais valia, deixando seus sócios cada vez mais ricos e ainda quando começam a apresentar problemas vem o governo e as isentam de impostos e criam metidas de incentivo ao consumo, alegando que a quebra de uma destas empresas provocará uma grande recessão econômica e perda de emprego. É fácil ser capitalista dessa forma. O bônus é meu, já o ônus é nosso.

A educação, o conhecimento, liberta. Faz seu possuidor tomar decisões por si só e não levado pela massa. A massa é burra.

O capitalismo deve proporcionar condições iguais para todos. O governo deve apenas assegurar a livre e honesta concorrência.

Observo jovens e pessoas já não tão jovens fazendo escolhas erradas diariamente. Onde a oportunidade bate à porta frequentemente e elas as deixam passar e quando entram em crise reclamam dos capitalistas exploradores e do governo. São adolescentes que vão à escola e ao invés de aproveitarem o tempo ali para realmente adquirirem conhecimento o usam de todas as outras formas possíveis, menos para estudar. São profissionais que recusam ofertas de trabalho, que se recusam a trabalhar em determinados dias por puro capricho e quando o trabalho lhes falta veem implorar ajuda financeira ou trabalho.

O que temos hoje é fruto das nossas escolhas no passado, das nossas ou daqueles que eram responsáveis por nós. Não acredito em destino, acredito em trabalho, acredito em renuncia hoje para se colher no futuro. E esta renuncia é em todos os sentidos: é poupar e investir enquanto todos estão consumindo em exagero; é estudar um pouco mais quando todos os demais alunos já pararam alegando que era suficiente; é persistir mais e mais quando muitos já desistiram dizendo ser impossível; é fazer networking e aguentar pessoas não tão agradáveis por saber que o mundo é interdependente; é desligar a TV e ir ler um livro ou escrever um texto para se aperfeiçoar, é deixar de viajar nas férias e estudar inglês de forma intensiva num curso de verão, pois isto fara diferença no mercado competitivo e acirrado.

Defendo um Estado mínimo. Defendo a privatização. Defendo que funcionários públicos incompetentes sejam demitidos. Defendo que professores sejam bem remunerados e valorizados. Defendo o esporte como atividade educativa. Sou contra a pena de morte, mas que muitos deveriam morrer eu não tenho dúvidas.

O que falar da corrupção em nosso país: são os políticos, os policiais, servidores públicos. Na verdade nós somos corruptos e as estas classes apenas refletem parte da sociedade. Na hora de comprar CD/DVD pirata e de ganhar “descontos” por comprar um produto sem nota fiscal ninguém acha que é corrupto. Temos a mania errada de julgar como corrupção coisas grandes e visíveis, mas os pequenos atos de nosso dia-a-dia não são errados. Errado.

Só quando realmente formos educados no sentido mais amplo do que venha a ser educação mudaremos alguma coisa. Quando este momento chegar não importará o nome que se dê ao sistema econômico e legislativo, pois ele será apenas um nome. As pessoas fazem um nome e não um nome faz as pessoas.