Tráfego de dados da telefonia móvel a beira do caos

Tráfego de dados da telefonia móvel a beira do caos

 A crescente demanda por espaço para a transmissão de dados provenientes da telefonia móvel tornou-se um pesadelo para as operadoras.

A explosão de vendas de celulares equipados com banda larga, principalmente, os smartphones, e os notebooks com acesso 3G têm ocasionado uma enorme pressão nas redes de celulares, obrigando as operadoras a investirem pesado para que não haja congestionamento e/ou quedas na transmissão de dados.

Um notebook equipado com modem 3G consome 450 vezes mais banda do que um celular tradicional. Em cinco anos, o número de linhas fixas caiu 1% no mundo, enquanto, o volume de usuários de celulares cresceu 95%, chegando a aproximadamente, 4 bilhões.

Cerca de 10% desses usuários utilizam aplicativos que consomem mais banda, como videogame, músicas e vídeos. Esses aplicativos chegam a ocupar 80% do trafego de dados. Para nós, usuários, a banda larga é uma maravilha, mas vem sendo um pesadelo para as empresas de telefonia móvel. Hoje, utilizamos a banda larga do nosso celular como se estivéssemos utilizando uma linha de banda larga em casa e as redes sem fio não capazes de suportar tal aumento no tráfego de dados.

Outro grande problema que as empresas terão que resolver é a sua lucratividade. Pois o investimento na melhoria das redes nem sempre está ligado ao aumento na receita. A concorrência tem sido tão intensa, que muitas operadoras estão desistindo de elevar as tarifas para não sofrerem uma debandada de usuários para a concorrência.

Agora quem está saltando de alegria com essa situação são os fabricantes de fibra óptica. Estima-se que aumento nas vendas deste setor gire em torno de 4,7 bilhões de dólares. Os fabricantes de equipamentos de telecomunicações e as operadoras de celulares representam 70% da demanda de componentes ópticos. Empresas como Google, eBay e Facebook tem contribuído para o aumento da demanda destes componentes, pois elas precisam garantir a sustentabilidade de seus gigantescos centro de dados.

Segundo especialistas, a expectativa de crescimento deste setor, para este ano, é cerca de 30% e para o ano de 2011, é de 15% a 20%.