Liberação da maconha e seu efeito sobre a economia

Liberação da maconha e seu efeito sobre a economia

A liberação da maconha, somente no Brasil, poderia chegar a render de R$ 5 bilhões até R$ 6 bilhões anuais aos cofres públicos, de acordo com pesquisas realizadas pela Consultoria Legislativa da Câmara dos Deputados. Estamos falando de quase 60% do que é arrecadado em impostos com tabaco e 40% do que é arrecadado com bebidas alcoólicas atualmente no país.

Toda a metodologia teve inspiração no estudo realizado em meados de 2010, por Jeffrey Miron do Institute Cato e por Katherine Waldock para a New York University. A legalização da maconha não significa somente a diminuição da violência, como também menores gastos para o próprio governo e principalmente a abertura de uma nova e excelente fonte de taxação para os cofres públicos. Podemos acompanhar diretamente pela experiência internacional como realmente a legalização funciona e como ela pode ser benéfica para a economia do país.

Em nosso artigo de hoje, vamos abordar o assunto da liberação da maconha e qual o seu efeito na economia diretamente. Acompanhem.

Maconha e seu consumo

Em todo o mundo a droga ilícita mais consumida é a maconha. A experiência com a liberação da maconha nos últimos anos apresenta excelentes resultados como, por exemplo, no Uruguai e nos estados do Colorado e Washington nos EUA.

Na Europa temos Portugal, que descriminalizou o uso de todas as drogas há cerca de 20 anos, e tem atualmente as menores taxas de consumo em toda a Europa.

Falando em números

A Câmara em seu trabalho utiliza dados de pesquisas relacionadas ao consumo com data de 2005, que estima que cerca de 1% da população faz o uso mensalmente de maconha – seriam pouco mais de 2 milhões de pessoas em todo o Brasil.

Tendo como base a regulação no vizinho Uruguai, onde cada um pode comprar até 40 gramas mensais de maconha, veja como os números podem ser impressionantes:

  • US$ 1,20 a grama – cotação de R$ 4,05 por dólar

  • R$ 4,86 a grama – R$ 2.332,80 por ano

  • R$ 6,29 bilhões no mercado total

E isso que estamos falando em uma estimativa que não está associada ao aumento do consumo, ou seja, os números podem ser ainda maiores.

Maconha e os impostos

Sabemos que a liberação da maconha é a parte mais fácil, e que o difícil mesmo é sua regularização. Vamos dar um exemplo: se os impostos forem muito pesados, o que iria fazer com que o valor aumentasse significativamente, obviamente que o mercado clandestino ainda seria um grande atrativo; em casos de impostos demasiadamente baixos, o valor também desabaria, incentivando o consumo e o Estado não iria conseguir arrecadar.

Quais os ganhos reais na economia com a liberação?

A liberação da maconha iria fazer com que o país conseguisse economizar todo o dinheiro que gasta atualmente para perseguir, julgar, processar e a manutenção de todas as pessoas que acabam sendo presas tanto por utilizar como por vender a substância.

E os gastos?

De acordo com o relatório brasileiro de drogas do ano de 2010, cerca de 1% das internações estão associadas a transtornos comportamentais e mentais pela utilização de maconha. Ou seja, os números são muito baixos se comparados com os ganhos que a economia teria com a liberação da maconha.

É preciso entender que a proibição não afasta a população do consumo. Já foi comprovado, através de inúmeros estudos, que a maconha possui diversas vantagens na medicina, conseguindo agir no trato de um grande leque de doenças com excelentes resultados.

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