Uma ação bondosa só tem valor moral quando voluntária

Uma ação bondosa só tem valor moral quando voluntária

Uma ação bondosa só tem valor moral quando voluntária. Se sou obrigado a realizar algo a alguém não posso ser chamado de bom, pois não tive arbítrio.

Assim posso afirmar que o estado não tem valor moral, pois expropria seus cidadãos para fazer o bem. Pior, ele ainda não realiza o bem que se propõe a fazer, seja por incapacidade técnica ou mesmo por estratégia política deliberada. Portanto, além de imoral ele é mentiroso e incapaz.

A esquerda toma pra si o monopólio da virtude. Diz-se bondosa e acusa a direita e conversadores de serem reacionários. Parcialmente eles têm razão, afinal muitos deles são de fato reacionários.

Eles defendem a família tradicional e condenam o casamento gay. Também são radicalmente contra a descriminalização da maconha.

Já a esquerda tende a ver todo mundo como vítima da sociedade. O mal não existe. As pessoas agem de forma maléfica por não terem tido oportunidade. O ladrão é ladrão por não ter emprego. O adolescente marginal é vítima de uma família ausente. O aluno displicente da escola que não motiva ou do professor mal preparado.

Liberais defendem que cada cidadão viva sua via como bem entender. Que a única liberdade a ser restringida é aquela que impede o outro de ter liberdade.

Quer fumar maconha, fume. Quer casar com uma pessoa do mesmo sexo, case. Pode até mesmo se casar com mais de uma pessoa, basta para isto que todos sejam maiores de idade e mentalmente capazes.

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Para os liberais a presença do estado seria mínima, caberia a ele apenas o controle da justiça e da segurança. Nada de leis e mais leis que emprega burocratas e mais burocratas expropriando tributos cada vez maiores de todos nós. Acordos são firmados entre pessoas, sejam elas físicas ou jurídicas. Você só paga pelo contrato firmado desejado. O preço é o acordado entre os envolvidos.

Ainda temos os anarcocapitalistas que pregam a extinção total no estado. Não é a ausência de ordem, mas do estado da forma que o conhecemos. O paradigma que temos de estado é o weberiano: o estado como agente legitimo e exclusivo da violência e da justiça. O que anarcocapitalistas defendem é que possam existir instituições concorrentes ofertando qualquer serviço que hoje é monopolizado por este estado weberiano; saúde, educação, polícia, justiça, energia, água, saneamento ou qualquer outro serviço.

No modelo de estado vigente todos os serviços são monopolizados e ofertados exclusivamente pelo estado ou por empresas escolhidas por ele.

Liberais e anarcocapitalistas desejam menos estado e mais liberdade econômica. Que qualquer pessoa possa empreender e concorrer livremente pela preferência do consumidor.

Defendem a ausência de agências reguladoras. O cliente prestigia e, portanto consome produtos e serviços de boas empresas e puni as ruins não os consumindo. Neste mercado boas empresas prosperam e as más falem.

Ainda empresas privadas poderiam ofertar serviços de proteção e certificação. A afiliação seria voluntária e a legitimidade do serviço seria aferido pelo mercado. Hoje empresas de café são certificadas pela ABIC, uma instituição privada. O Inmetro realiza serviço semelhante, apesar de ser uma autarquia.

Oligopólios não seriam possíveis por uma razão muito simples. Não havendo leis absurdas para a entrada de novos concorrentes, quando empresas fizessem conchavo e combinassem preço, rapidamente um novo empreendedor percebendo ser possível aferir lucro iria entrar e competir neste mercado.

A concorrência eleva a qualidade e reduz a margem de lucro.

O ser humano é capitalista por natureza e percebendo poder lucrar empreende.

O estado weberiano com tanta burocracia alegando ser ela necessária para a proteção do cidadão apenas impede a livre concorrência ao restringir novos entrantes. Tudo que alega realizar para proteger as pessoas pode ser ofertado por empresas privadas em um livre mercado a preços menores e com maior qualidade e associação voluntária, onde cada um só paga por aquilo que deseja e julga ser importante para si.

Concluindo, afirmo que o agente estado é um ente coercitivo, imoral e totalmente desnecessário. Sua extinção não deixaria saudade alguma ao cidadão de bem.